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Qual a melhor dieta para a endometriose?

  • Foto do escritor: Luísa Schiavini
    Luísa Schiavini
  • 4 de abr.
  • 2 min de leitura

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Uma das dúvidas mais comuns quando uma mulher é diagnosticada com endometriose é: quais são os alimentos permitidos e alimentos proibidos para a doença?


Já sabemos que "dieta antinflamatória" é uma ilusão, afinal nenhuma dieta é capaz de desinflamar um corpo que sofre de uma doença tão complexa como a endometriose. Porém, temos alimentos que podem acelerar e agravar o processo inflamatório. A ideia principal é ficar longe de produtos ultraprocessados, altos em sódio e gordura saturada. Dica: o aplicativo Desrotulando ajuda muito a elencar os alimentos conforme o nível de processamento.


O que a ciência fala sobre dieta na endometriose?

  • Nenhuma dieta específica mostrou-se, até então, capaz de controlar totalmente os sintomas da endometriose. O tratamento principal segue sendo hormonal ou cirúrgico.

  • A suplementação de vitamina D em pacientes com endometriose só se provou efetiva para melhora do estado geral quando apresentava deficiência nas concentrações de vitamina D sérica – no mais, não tem grandes efeitos.

  • A dieta Low FODMAP (baixa em fermentação) causa, na sua maioria, efeitos positivos em relação à redução de gases e desconforto abdominal em mulheres com endometriose, porém por tratar-se de uma dieta de exclusão, sua prática fica inviável de manter a longo prazo.

  • Dietas sem glúten e lactose vão ter benefícios maiores em mulheres que não toleram esses alimentos - especialmente alívio de sintomas gastrointestinais. Glúten e lactose não vão piorar o quadro inflamatório isoladamente.

    Apenas estudos em animais mostraram efeito anti-inflamatório com o uso de ômega 3 e resveratrol em endometriose. Estudos em humanos ainda carecem de amostras maiores. Lembre-se: você não é um rato.

  • Muitos estudos são realizados no período pós-cirúrgico ou associado ao tratamento hormonal. Portanto, não temos como saber se o efeito de alívio de dor foi da dieta/suplementação ou da intervenção cirúrgica/medicamentosa.

  • Poucos estudos descrevem se as participantes utilizavam anti-inflamatórios durante a pesquisa – algo que é bem comum para controlar dores de endometriose. Só isso já poderia interferir muito no resultado do estudo.

  • Existe uma falta de especificação do subtipo da endometriose nos estudos. Atualmente sabemos que as manifestações clínicas da endometriose superficial, profunda, intestinal, torácica, são distintas. Para isso, teoricamente, as populações dos estudos deveriam ser divididas conforme seus subtipos para avaliarmos melhor o efeito das intervenções nutricionais.


    Então é melhor passar o dia todo comendo salgadinho e bolacha recheada?

    Não senhora.Tem um estilo de vida que PODE ajudar no padrão inflamatório causado pela endometriose: DIETA MEDITERRÂNEA + EXERCÍCIO FÍSICO



Como é a dieta mediterrânea?

  • Baixíssima exposição a produtos ultraprocessados e açucarados: quanto mais natural e caseiro melhor.

  • Gorduras poli e monoinsaturadas: peixes, oleaginosas, azeite de oliva.

  • Antioxidantes (vitaminas e minerais): no mínimo 2 porções de frutas e vegetais por dia.

  • Rica em fibras e baixa densidade calórica: preferência por alimentos integrais e fibrosos.


Qual o melhor padrão de exercício físico?

  • No mínimo 2h de exercício por semana: preferencialmente força + cardio

  • Treino deve ser individualizado: respeita-se o desconforto da mulher

  • Embora não tenha recomendação oficial, a fisioterapia pélvica auxilia na redução de desconforto e dor na endometriose (mas não substitui exercício físico).


Precisa de ajuda para lidar com a sua alimentação? Então agende sua consulta para ter o tratamento especializado!


Nut. Luísa Schiavini

CRN-2 13885

 
 
 

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