Flexitarianismo: o que é e como fazer a transição
- Luísa Schiavini
- 17 de jan. de 2022
- 2 min de leitura
Novo estilo de alimentação que preza pela redução do consumo de produtos derivados de animais está conquistando cada vez mais seguidores no Brasil e no mundo

O que é flexitarianismo?
O flexitarianismo um estilo alimentar que preza pela redução do consumo de carnes e produtos de origem animal, porém sem restrições severas. O mais legal é que cada pessoa escolhe como fará a transição. Alguns optam por reduzir apenas o consumo de carnes e outros optam por reduzir carnes e outros produtos lácteos. A frequência também é definida pelo praticante: pode ocorrer somente de segunda a sexta feira, 2 a 3x na semana ou outras alternativas.
Por que reduzir o consumo de carnes?
As motivações são diferentes para cada um: questões religiosas, sofrimento animal, questões éticas diversas, etc. Porém, é o argumento ambiental que justifica grande parte da adesão ao flexitarianismo.
Já sabe-se que a forma atual de pecuária é responsável por grandes áreas de desmatamento, emissão de poluentes e outros impactos ambientais, portanto reduzir a carne do prato faz sentido do ponto de vista ecológico. Relatório feito pelo IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) da ONU aponta que: "Dietas à base de vegetais podem reduzir as emissões em até 50% comparado com a média de emissões da dieta Ocidental." Veja abaixo no infográfico produzido pela BBC Brasil o impacto que a alimentação tem nas emissões de gases do efeito estufa.

Virou flexitariano? Muita calma nessa hora!
O que não falta na internet são vídeos e documentários impactantes que convencem o espectador a adotar esse estilo de alimentação pra ontem, mas é importante entender que fomos criados em uma cultura carnívora e que todas as transições precisam ser conscientes e planejadas para serem eficazes.
Cuidados na transição
Substitua a proteína. As leguminosas são as melhores opções - feijão, grão de bico, lentilha e ervilha.
Evite anemia ferropriva. Não esqueça de consuma fonte de vitamina C junto ou logo após a refeição para absorver o ferro vegetal. Frutas como tangerina, laranja, limão, acerola, morangos e kiwi são boas fontes de vitamina C.
Exames em dia. Na revisão anual com o seu médico ou nutricionista, não esqueça de solicitar exames de vitamina B12, ferro e zinco. Em muitos casos a suplementação de B12 é necessária devido ao baixo consumo de carnes na rotina ou dificuldade de absorção.
Mantenha uma alimentação saudável. De nada adianta retirar a carne do prato se o restante da alimentação não for saudável. Mantenha a sua base alimentar com alimentos in natura como cereais, leguminosas, vegetais e frutas. Evite ao máximo alimentos ultraprocessados. Para entender essa classificação faça download gratuitamente do aplicativo Desrotulando (App Store ou Google Play) ou Nutri Escolha do Carrefour (App Store ou Google Play)
Mudança fora do prato
Além das mudanças alimentares, também é legal ir repensando na forma de produção das roupas, cosméticos, produtos de limpeza e outros itens do dia a dia que utilizamos.
Comprar de produtores locais, lavar roupas com ingredientes naturais como bicarbonato e vinagre, evitar embalagens de plástico ou reutilizá-las e optar por cosméticos veganos são boas formas de começar a ajudar o planeta com pequenas atitudes.
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